Polícia

Ela era torturada-Frentista que matou ex a facadas chora em julgamento; vizinhos dizem que vítima era torturada a cintadas

Jaru 15 de abril de 2023

Foi realizada na tarde dessa sexta-feira (14) a oitiva das testemunhas no caso do assassinato da jovem Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, morta a facadas pelo ex-namorado, Antônio Aluísio Conceição Marciano, no bairro Pedra 90, em 16 de março.

Nos relatos apresentados à Justiça, fica evidente o comportamento agressivo e reiterado do assassino, que não aceitava o fim do relacionamento e perseguia a ex-namorada.

Em seu testemunho, Antônio Marciano, assassino de Emily, chorou diante do juiz e disse que se arrepende. Segundo ele, o crime foi motivado por supostas traições descobertas após o término do relacionamento.

“Na mesma hora que aconteceu o fato, eu me arrependi. A única coisa que veio na minha cabeça foi de se entregar e pagar tudo que eu fiz. Entrei em contato com a minha irmã para que ela negociasse um advogado para eu me entregar. Eu entrei em contato com ela, como ela não sabia o que eu tinha feito, e pedi que ela arranjasse o advogado para eu me entregar”, contou Antônio.

Uma tia de Emily, Alessandra Barbosa, contou que a sobrinha dizia apanhar do assassino. Segundo o testemunho, Antônio chegava a proibir Emily de ter contato com outras pessoas e até mesmo clonou o celular dela para saber com quem ela conversava.

“Ela falava que ele batia nela, que deu um soco, que bateu nela de cinto também, que proibia ela de falar com outras pessoas, chegou a clonar o celular dela para ver com quem ela conversava. Depois que ela rompeu, ele começou a ameaçar ela. Dizia que ia fazer pior que as primeiras vezes. Eu tentei falar com ele, mas ele não atendia. Procurei para aconselhar ele, ele dizia que nem gostava tanto dela, mas para ela ela falava outra coisa”, relatou.

“A Emily sempre foi ‘trabalhadeira’ (sic), trabalhava o dia inteiro para sustentar o filho de quatro anos. Ela era sozinha, não tinha ninguém para colocar comida na casa dela. Nunca teve envolvimento com Comando Vermelho. Ela era uma menina boa, ninguém nunca falou mal de Emily para mim. Ela era uma ótima mãe”, disse Kauane Pereira Dias, vizinha e amiga de Emily.

Fonte: Correiodovale

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