Jaru e região: Mandante da chacina que matou quatro moradores de ouro preto do oeste é condenado a 35 anos de cadeia

Jaru, 18 de agosto de 2023, ás 11:23

Gesulino Cesar Travagine Castro foi condenado a 35 anos de prisão por comandar a chacina de Buritis, ocorrida na Linha C-34, PA Rio Alto, em Buritis, o fato criminoso ocorreu em abril de 2012, na ocasião seis pessoas morreram.

Temor e medo

No ano de 2015, Gesulino foi submetido a julgamento do Júri na comarca de Buritis, porém várias testemunhas a época não compareceram no julgamento provavelmente por medo do acusado, também os jurados possivelmente temendo represálias, absolveram o infrator que foi posto em liberdade imediatamente, este fato contrariou as provas do processo, o Ministério Público recorreu da decisão e pediu o desaforamento do caso, ou seja, pediu a anulação da decisão e um novo julgamento em outra comarca, o recurso foi aceito e um novo julgamento de Gesulino foi marcado para a última terça-feira (15), em Ariquemes.

O corpo de jurados do Tribunal do Juri da Comarca de Ariquemes decidiu que Gesulino foi culpado pelas mortes ocorridas na Linha C-34, no mesmo julgamento Meire Rosângela Travagine Castro, mãe de Gesulino, que também era acusada de participação nos crimes, foi absolvida.

Prisão imediata Gesulino estava respondendo o processo em liberdade, porém após a condenação ocorrida nesta terça-feira (15), a Juíza Brenda Aguiar Vasconselos, determinou a prisão imediata de Gesulino que foi conduzido à cadeia para cumprimento da pena.

Relembre o caso Após um intenso trabalho, a Polícia Civil conseguiu desvendar os crimes bárbaros que aconteceram no dia 5 de Abril de 2012 em Buritis, onde seis foram mortas. A motivação foi vingança. Segundo a Polícia, tudo começou com a morte do pai do mandante do crime.

Rone Cezar Barcelos Castro, proprietário de uma farmácia em Buritis foi assassinado e um de seus filhos, identificado por Gesulino Castro, descobriu a identidade do suposto assassino e o jurou de morte.

Ele começou uma busca incessante à procura do criminoso e como não o encontrou, resolveu expulsar os seus familiares das terras em que moravam. Com medo de morrer, o pai do suposto assassino fugiu de Buritis com a família, deixando uma fazenda com várias cabeças de gado.

Como o Gesulino Castro não encontrava o alvo, cortou o arame de cerca do pasto e soltou todo o gado. Depois, espalhou a notícia pela cidade que o gado estava solto na linha. Ao saber do ocorrido, já na cidade de Ouro Preto do Oeste, o pai do suposto assassino resolveu vender o gado pela metade do preço e ofereceu parte do rebanho para o taxista Ilton Ferreira de Souza, mais conhecido como “Barbante” e a outra parte para o policial civil Renatão, que iria comprar juntamente com Pablio Gomes (agente penitenciário) e Moisés Rosa Gomes, que é comprador de gado.

Depois da negociação, que aconteceu em Ouro Preto, as vítimas se deslocaram na quinta-feira (05 de abril de 2012), para a cidade de Buritis e após conversar com algumas pessoas, foram até a fazenda.

No depoimento, Gesulino Castro disse que avistou a camionete entrando na fazenda e deu a ordem para o bando, composto por 5 pistoleiros, abordarem o veículo. Ouve reação imediata e durante intensa troca de tiros, Gesulino Castro fugiu do local e se escondeu na sua residência, em Buritis.

Ele também disse que a intenção não era matar todos os ocupantes do veículo, mas de apenas capturar o tal assassino. “Quando vi a camionete se aproximando, achei que o assassino do meu pai estava sentado no banco da frente e dei a ordem para trazê-lo com vida.

Os outros, achávamos que eram pistoleiros. Nunca imaginei que fossem compradores do gado”, disse. Gesulino Castro também relatou que sua mãe comprou todo o armamento e passou para o bando.

Depois do crime, as armas foram jogadas dentro de um rio, em Ariquemes. As equipes se deslocaram para o local e os mergulhadores do Corpo de Bombeiro encontraram várias espingardas calibre .12, revólveres, pistolas e 01 colete à prova de balas.

No final da tarde de ontem, a mãe de Gesulino foi presa e conduzida ao Presídio de Ariquemes.

Fonte: Rondônia vip/ Correio central RO